MINISTÉRIO DA SAÚDE PARTICIPA DO 17º CONGRESSO NACIONAL DA ANAMT

Durante o 17º Congresso Nacional da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), representado pelo Ministério Público, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), em palestra, Mayra Pinheiro alertou para o aumento de doenças relacionadas aos tempos atuais, em que são exigidos do trabalhador jornadas cada vez mais extensas e extenuantes, provocando doenças como depressão e transtornos de ansiedade, comprometendo a saúde e a qualidade produtiva do trabalhador.

"Em ambientes de demandas elevadas e que estimulam a competição, por exemplo, a pressão por resultados pode gerar impactos na saúde e consequentemente na produtividade do trabalhador, prejudicando não apenas seu rendimento quanto ao grupo no qual está inserido, além desse profissional estar mais suscetível ao desenvolvimento de doenças como depressão e transtornos de ansiedade", argumentou.

ENTENDENDO OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Existem diversos tipos de transtornos de ansiedade, e eles estão presentes em todo lugar do mundo. Mesmo que não demonstrado, a pessoa cuja doença tenha se proliferado, sofre incessantemente quando não há o acompanhamento de profissionais especializados na área.

Estes transtornos devem-se a um mecanismo de antecipação de um aborrecimento futuro, quando o limite da emoção passa do ponto. Além deste, existem outros fatores que podem influenciar drasticamente no diagnóstico, tais como: traumas, estresses, mudanças hormonais - mais causados em mulheres, doenças concomitantes, uso excessivo de drogas ou álcool, etc.

Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada no ano de 2017, publicou dados estatísticos dos distúrbios psiquiátricos ao redor do mundo, e foi constatado que cerca de 264 milhões de indivíduos sofrem com algum tipo de transtorno de ansiedade, dentre eles, 18 milhões são brasileiros.

Em resposta a quantidade de brasileiros que possuem algum tipo de transtorno de ansiedade, existem alguns fatores de grande importância que devem ser abordados, como: crise política e econômica do país, índice elevado de desemprego, falta de segurança pública, preocupação com a saúde, principalmente quando diagnosticado com uma doença grave, relações sociais, entre outros.

Infelizmente, as doenças mentais não são tratadas com tanto respeito quanto outras doenças. Há um grande preconceito, principalmente em se tratar de encaminhamento psiquiátrico, pois ele segue sendo o "médico dos loucos". E, quando não diagnosticado previamente, a ansiedade pode se tornar algo mais grave, como: alcoolismo e depressão.

São seis tipos de transtornos de ansiedade:

• Fobia Social: medo irracional e exagerado de participar de festas, reuniões, aulas e eventos com pessoas desconhecidas. Há um grande receio de ser avaliado, julgado, criticado por estranhos. O ato de falar em público pode causar taquicardia, suor excessivo, falha na memória.
• Fobia: temor crônico de objetos, animais ou situações específicas. Este sentimento surge de uma experiência real ou de uma notícia marcante ou pensamento particular.
• Ataque de Pânico: medo irracional de que o indivíduo irá morrer. Alguns sintomas se assemelham a um infarto, por exemplo, taquicardia, formigamento, sensação de desmaio, dor no peito, tremor. Muitas vezes o indivíduo passa de um Hospital a outro, buscando um diagnóstico, mas volta para casa sem ele.
• Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): sensação de que algo vai dar errado a qualquer instante e a vida vai fugir do controle quando menos se esperar. Há um grande ciclo de preocupações e os problemas são hipervalorizados dando a margem a incapacidade de solução.
• Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): é marcado por pensamentos invasivos que são aliviados quando um comportamento padronizado sem alguma lógica aparente for repetido.
• Estresse Pós-Traumático: causado após alguma situação traumática, como: morte, estupro, tiroteio, assaltos, entre outros. Há um medo intenso, impotência ou horror constante.